Um esclarecimento do Patriarca Miguel, o Oxeíta (1143-1146) sobre a fórmula de consagração eucarística
Palavras-chave:
História da Liturgia, Eucaristia, Consagração Eucarística, Relações Inter-Cristãs, Debate Teológico entre Cristãos Ocidentais e OrientaisResumo
O artigo do Pe. Sévérien Salaville (1881-1965) aqui traduzido e acrescido de notas explicativas, publicado originalmente em 1913, no n. 101 da revista Échos d’Orient, retoma um fragmento de autoria do patriarca constantinopolitano Miguel, o Oxeíta (r.1143-1146), originalmente publicado no Ocidente por Leão Alácio (1586-1669), sobre a fórmula de consagração eucarística. Neste pequeno texto, o prelado atribui a eficácia consacratória às palavras proferidas por Jesus Cristo conforme os relatos neotestamentários da Última Ceia, ao mesmo tempo em que as insere em compreensão de certo modo histórica da liturgia cristã. O Pe. Salaville, por sua vez, situa-a no interior de um debate maior, na qual ele mesmo se encontrava inserido, travado com uma tradição de teólogos orientais que atribuíram a eficácia consacratória antes à invocação do Espírito Santo sobre o pão e o vinho eucarísticos. Para melhor compreender este movimento do debate, acrescentaram-se a este texto traduções da íntegra da carta do Patriarca Miguel conforme publicada por Leão Alácio, de três dos textos do Pe. Salaville no Dicionário de Teologia Católica sobre o surgimento e desenvolvimento da divergência entre teólogos orientais e ocidentais a respeito do momento preciso da consagração eucarística, e de um escrito deste autor sobre uma disputa também referente a este assunto surgida entre o Patriarcado de Constantinopla e o Patriarcado Melquita de Alexandria em 1702.
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